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Blog da farmácia da igreja com dicas importantes para o seu dia a dia.

Proteção solar nas crianças

A proteção solar nas crianças é de extrema importância pois a sua pele é mais sensível e vulnerável aos danos causados pela exposição excessiva ao sol.

Os danos causados pelo sol são cumulativos ao longo da vida. A exposição excessiva ao raios UV na infância pode contribuir para o envelhecimento precoce da pele, rugas, manchas e outros problemas dermatológicos no futuro.

A pele das crianças

Os mecanismos de defesa da pele das crianças ainda são imaturos. A sua pele é menos espessa o que facilita a passagem da radiação solar e aumenta a desidratação. A produção de melanina é baixa o que faz com que haja menor pigmentação da pele o que a torna particularmente sensível à radiação UV. Além disso a transpiração nas crianças é pouco abundante o que as torna mais sensíveis às variações de temperatura, às queimaduras solares e à desidratação.

Apenas aos 12 anos é que a estrutura da pele de uma criança corresponde à de um adulto.

Luz solar e radiação UV

A radiação ultravioleta (UV) está presente na radiação solar e apesar de não penetrar no corpo em profundidade pode ter efeitos graves na pele.

Os ultravioletas A (UVA) contribuem para o envelhecimento prematuro e para o cancro cutâneo;

Os ultravioletas B (UVB) podem ainda provocar queimaduras solares, cataratas e enfraquecer o sistema imunitário.

A infância torna-se assim um período-chave no relacionamento entre a pele e o sol e é a melhor altura para ganhar bons hábitos. Os pais têm um papel muito importante na preservação da pele dos filhos sendo que os comportamentos tidos em conjunto agora serão lembrados ao longo da vida.

Regras e proteção solar

A pele mantém, durante anos, a “memória” das queimaduras solares, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças da pele na idade adulta. O risco de desenvolver cancro da pele na idade adulta é duas vezes superior quando a criança sofreu uma queimadura solar. É importante que os seguintes pontos sejam cumpridos.

  • Escolher uma proteção solar eficaz contra os raios UVA e UVB e um factor de proteção elevado SPF50+. Deve ser aplicada 30 minutos antes da exposição solar mesmo que esteja nevoeiro ou nublado. A aplicação deve ser reforçada de 2 em 2 horas ou sempre que a criança molhar a pele ou transpirar em abundância.
  • Evitar a exposição solar entre as 11h e as 16h. A radiação é mais intensa, os raios atingem a superfície terrestre na perpendicular concentrando-se numa superfície menor. Pode sempre consultar o Índice UV para determinado dia no site do IPMA e evitar a exposição nos dias de maior risco.
  • Usar roupas de proteção. Inclusivamente na praia ou piscina, a criança deve ter (por cima do fato de banho) umas calças e uma camisola de algodão frescas, mas que tapem os braços e as pernas. Deve ainda apostar no uso de um chapéu de abas largas, sem esquecer os óculos de sol com proteção ultravioleta.
  • Hidratação. É essencial promover a ingestão de líquidos – mesmo que a criança resista, ou que não pareça ter sede, há que insistir, para prevenir a desidratação.

Insónia

O sono preenche aproximadamente um terço da vida e é fundamental para a recuperação física e psíquica do indivíduo.

A insónia é o distúrbio do sono mais frequente no adulto.

Quanto à duração a insónia pode ser aguda (duração inferior a quatro semanas) ou crónica (duração superior a quatro semanas), com os sintomas a ocorrer pelo menos em 3 noites por semana.

Pode ainda ser definida como uma dificuldade em iniciar o sono (insónia inicial), dificuldade em mantê-lo (insónia intermédia), acordar muito cedo (insónia terminal) ou, embora com menor frequência, por queixa de sono não restaurador ou de má qualidade.

Quanto à etiologia a insónia pode ser dividida em insónia primária (não é causada por uma condição física ou mental conhecida), e insónia secundária (causada por outra doença médica ou doença psiquiátrica, medicamentos, entre outros).

A prevalência da insónia secundária é muito superior à insónia primária.

Sintomas:
  • cansaço
  • sonolência
  • falta de concentração
  • alterações de memória
  • irritabilidade
  • ansiedade
  • dificuldade em executar tarefas
  • dor de cabeça
Tratamento:

Inicialmente, o tratamento da insónia é feito com recurso à terapia comportamental, incluindo educação sobre higiene do sono e técnicas de relaxamento.

Quando as medidas anteriores se mostram insuficientes é necessário o uso de medicamentos.

Os medicamentos para dormir podem ser um tratamento eficaz a curto prazo, mas não para tratamento da insónia de longo prazo.

Prevenção:
  • É útil evitar substâncias como a cafeína, o tabaco e outros estimulantes, algumas horas antes de dormir.
  • Adotar hábitos que facilitem o sono, como ler um livro, ouvir música ou tomar um banho de água quente.
  • Evitar refeições muito pesadas antes de dormir.
  • O quarto deve ter um ambiente confortável, no que se refere a temperatura, iluminação e silêncio.
  • Criar um ritmo, ir dormir e acordar às mesmas horas todos os dias.

É importante distinguir insónia de privação de sono.

Pacientes com privação de sono são aqueles que querem dormir mas não conseguem, por motivos que variam desde um ambiente ruidoso, desconfortável ou com claridade, até à impossibilidade de dormir por questões profissionais.

O individuo consegue dormir se lhe for dada essa oportunidade.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Um problema cultural

A incontinência urinária (IU) define-se como a perda involuntária de urina.

Segundo os dados da Associação Portuguesa de Urologia, a IU ocorre maioritariamente em pessoas acima dos 40 anos, afetando mais mulheres que homens.

A IU reduz muito a qualidade de vida da pessoa, causando constrangimento, preocupação em relação ao odor, vergonha, isolamento e depressão.

Muitos especialistas consideram a IU uma patologia subdiagnosticada e, por isso, subtratada.

É frequentemente atribuída de forma errada a uma consequência natural da idade, fazendo com que as pessoas não recorram ao médico por desconhecerem que existe tratamento.

Existem vários tipos de incontinência urinária:
  • Incontinência de esforço - As perdas de urina ocorrem na sequência de algum tipo de esforço, como tossir, rir, espirrar, correr, pegar em pesos. Resulta de qualquer ação que exerça uma pressão na zona abdominal e, consequentemente, sobre a bexiga.
  • Incontinência de urgência (bexiga hiperativa) - Caracteriza-se pela necessidade urgente e inadiável de urinar, resultando, muitas vezes, num quadro de incontinência pela incapacidade de conter a urina. O músculo da parede da bexiga (detrusor) contrai-se mesmo quando esta contém um volume reduzido de urina.
  • Incontinência mista - É aquela que apresenta características dos dois tipos mencionados anteriormente.
Fatores de risco:
  • Idade
  • Obesidade, obstipação, tabagismo, dieta inadequada
  • Menopausa e gravidezes múltiplas
  • Cirurgia pélvica
  • Alterações neurológicas (AVC, doença de Parkinson, Alzheimer, …)
  • Medicamentos (diuréticos, sedativos, relaxantes musculares)

Uma primeira abordagem de tratamento na incontinência urinária passa pela adoção de algumas medidas conservadoras como:

  1. Mudanças no estilo de vida – praticar exercício físico (caminhadas, natação); vigiar o peso; não fumar; manter uma higiene íntima cuidada.
  2. Alimentação – evitar alguns alimentos excitantes para a bexiga como a cafeína, bebidas alcoólicas, bebidas gaseificadas, alimentos ácidos, chocolate.
  3. Treino vesical – consiste numa terapia comportamental para aumentar gradualmente o tempo entre as idas ao WC.
  4. Exercícios do pavimento pélvico – podem ser realizados os exercícios de Kegel ou recorrer à electroestimulação, com acompanhamento de profissionais, nomeadamente fisioterapeutas.

Em situações de bexiga hiperativa utilizam-se fármacos que controlam a hiperatividade do músculo da bexiga.

Se sofre desta doença consulte o seu médico ou a sua farmácia.

Melhore a sua qualidade de vida.